Pesquisa

terça-feira, 20 de março de 2012

Atenção

Não é de hoje que as noticias de fraude do Fies acontece, esta mesma que vos escreve vem alertando esse fato a algum tempo, vamos fazer um tunnel do tempo.




Março 2011




Panfletagem na Fleming/Uniesp denuncia irregularidades
Os alunos da Faculdade Fleming, hoje Uniesp, mostraram-se indignados com as denúnciass levadas pelo Sinpro Campinas durante uma panfletagem realizada nesta quinta-feira, dia 24, antes do início das aulas do período noturno.
O Sindicato foi até a Instituição com o objetivo de convidar professores, alunos e funcionários, para a audiência pública do dia 29 de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo e que pretende discutir as irregularidades acumuladas pela Uniesp nas várias cidades onde atua.
Falta de pagamento dos salários de dezembro de 2010 e de janeiro deste ano, não pagamento dos 13º salários de 2008 a 2010, não pagamento das verbas rescisórias e não homologação da rescisão do contrato de trabalho dos professores demitidos em dezembro de 2010, não recolhimento do FGTS durante os últimos quatro anos. Estas são as irregularidades já comprovadas contra a Uniesp e contra instituições de ensino superior e de educação básica por ela adquiridas nos últimos meses.
Apesar das inúmeras denúncias ao Ministério Público do Trabalho, à Justiça do Trabalho e até à Caixa Econômica Federal, administradora das contas de FGTS, a Uniesp conseguiu benefícios junto aos governos federal e estadual e junto ao MEC, como isenção fiscal e cadastramento junto a programas como o Universidade Para Todos (ProUni) e o Financiamento Estudantil (Fies) e continua atuando e atraíndo alunos para cursos de nível superior, usando o nome Uniesp, apesar de não se enquadrar como universidade, tudo sob a promessa de mensalidades baratas e cursos de grande procura entre jovens e adultos.
Como o grupo Uniesp está presente em 23 cidades do Estado e tem se especializado em comprar instituições "quebradas", ignorando passivos trabalhistas, os Sinpros e a Federação dos Professores do Estado de São Paulo, decidiram agir em bloco para barrar o avanço das irregularidades da Instituição, alertando, ao mesmo tempo, o poder público para a dimensão do problema.
Engodo
Os estudantes abordados pelos diretores do Sinpro disseram ter sido enganados pela direção da Uniesp, que alegava no ínicio do ano, já ter resolvido todas as pendências relativas aos salários dos professores. "Um me sinto lesada. Vim pra cá porque era um novo grupo que estava assumindo e que parecia ter uma situação sólida", disse uma aluna do ensino superior que preferiu não se identificar.

Os alunos mostraram-se preocupados com o futuro da Instituição em relação a todas as denúncias apresentadas e prometeram pressionar a direção da Uniesp. Todos reconheceram o valor dos professores, mas disseram não entender como poderiam se submeter a tanto desrespeito aos direitos.
Ironia
Durante a panfletagem os diretores do Sinpro, Cláudio Jorge, presidente, e Carlos Alberto C. Baccaglini, foram convidados a entrar na Instituição e falar com Jamil Zogbi, diretor administrativo da Uniesp.

Na conversa o representante da Uniesp afirmou que a panfletagem criava um desgaste da imagem da faculdade junto aos alunos. Zogbi informou que já havia apresentado uma proposta de pagamento aos professores demitidos.
O presidente do Sinpro negou que qualquer acordo tivesse sido proposto ao Sindicato e que nenhum representate da Fleming/Uniesp compareceu às audiências realizadas pelo Ministério Público do Trabalho na tentativa de uma conciliação.
O advogado da Instituição disse que todos os problemas relatados referiam-se à Fleming e insinuou que o Grupo Uniesp não havia comprado a  Faculdade em questão.
Diante da ironia do advogado os diretores do Sinpro se retiraram da reunião.
Audiência
A Audiência Pública que vai discutir as irregularidades de Uniesp acontece na próxima terça-feira, dia 29, às 15 horas, na Assembleia Legislativa de São Paulo, sala Paulo Kobayashi.



Encontro na Assembléia revela denúncias contra a Uniesp

Munido de documentos e de depoimentos de pais de alunos, professores, ex-professores, advogados e estudantes, um movimento que reúne vítimas da União das Instituições Educacionais do de São Paulo (Uniesp) realizou, em com o deputado Carlos Giannazi (PSOL), reunião no dia 29/3 na Assembleia Legislativa.
O ato contou também com e diretores da Fepesp, do Ssinpro e da Contee.
As denúncias abordaram de repasse ao INSS e ao FGTS, demissão arbitrária de professores, assédio moral a docentes e funcionários, falta de professores, aulas canceladas e superlotação de , gestão despótica no processo de concessão de bolsas de estudos, problemas com o Fies e Prouni, irregularidades no Bolsa-Universidade (do governo do Estado) com relação à instituição, atraso constante nos salários e recontratação com redução de remuneração, entre outras, foram levadas a público.
“Face a essa enxurrada de queixas de natureza acadêmica e trabalhista, o mandato encaminhará as denúncias ao Ministério da Educação, ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público do Trabalho para que investiguem com rigor a Uniesp, cuja atuação no da Educação vem prejudicando professores, funcionários e alunos. E para a CPI do Ensino Superior Privado, bem como à Comissão de Educação da Alesp, protocolaremos pedidos de convocação da diretoria da Instituição para que preste esclarecimentos aos parlamentares”, disse Giannazi.
 carlosgiannazi@uol.com.br
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

Foto da assembleia tirada do celular



O Ano foi passando e essa é a cara da faculdade que compra outras faculdades sem parar.










2011 teve até visita do candidato Chalita, em 06/10/2011 onde entregamos em mãos copias das denuncias da Uniesp ao candidato e aproveitamos para alertar os alunos.





Um ano depois temos essa noticia vamos ver oque da agora.

O Ministério da Educação (MEC) pode acionar ainda esta semana a Polícia Federal para apurar denúncias de que a União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp) cobra preços diferenciados para estudantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no último sábado (17) diz que a instituição cobrar mensalidades mais elevadas de alunos cadastrados no Fies em relação ao que é cobrado dos demais alunos. Segundo o jornal, a Uniesp tem assinado convênios se comprometendo a pagar um dízimo a igrejas que lhe indicarem universitários. A verba, de acordo com a reportagem, é proveniente de repasses dos governos federal e estadual.
O MEC informou que o Ministério Público Federal já havia sido acionado para investigar as mantenedoras do grupo. As investigações estão sendo feitas pelas áreas criminal e de defesa do consumidor.
“A cobrança de valores diferenciados, com ônus maior aos alunos contratantes do programa, bem como o beneficiamento de terceiros estranhos à relação do Fies, configura fraude que terá como consequência, caso seja comprovada, a extensão da penalidade já aplicada pelo Ministério da Educação, em denúncia anterior que descredenciou a Iesp [uma das mantenedoras do grupo] do programa”, disse o ministério, por meio de nota.
Ainda de acordo com a pasta, se confirmadas as denúncias, todas as mantenedoras do grupo podem ser descredenciadas.
Também por meio de comunicado, a Uniesp informou que tem atualmente mais de 50 mil alunos e que os valores das mensalidades cobradas pelo grupo estão disponibilizados no site www.uniesp.edu.br e separados por unidade, em conformidade com portaria do MEC.
Segundo a instituição, as mensalidades cobradas pelas faculdades parceiras “estão compatíveis e, em alguns casos, até inferiores às praticadas pelas demais instituições particulares de ensino superior”.
No que se refere à acusação de que o grupo paga comissão a igrejas, a Uniesp informou que as faculdades parceiras, dentro de sua missão de responsabilidade social, têm contribuído em diversos projetos sociais desenvolvidos por associações, clubes de serviços, igrejas e demais instituições sociais beneficentes.
“Queremos deixar claro à sociedade que os programas sociais do grupo educacional Uniesp envolvendo escolas municipais, igrejas, associações, clubes de Serviço e demais entidades beneficentes são muito anteriores ao novo Fies, sempre visando a oferecer a oportunidade de acesso das classes menos favorecidas ao ensino superior”, destaca a nota.
Da Agência Brasil


Mais uma da UNIESP




17/03/2012

Faculdade dá grana federal para igrejas

Folha de S.Paulo
Um dos maiores grupos educacionais de São Paulo, a Uniesp tem assinado convênios nos quais se compromete a pagar um dízimo a igrejas que lhe indicarem universitários.
A verba é proveniente de repasses do governo federal.
No contrato, obtido pela reportagem, a Uniesp diz que repassará 10% do que receber do Fies (financiamento federal estudantil) por aluno indicado que aderir ao programa da União.
Além de igrejas, podem participar assembleias e congregações.
De acordo com a própria Uniesp, 2.000 estudantes já foram indicados por meio desse convênios. No total, 12,5 mil dos 65 mil estudantes do grupo têm o Fies.
No Fies, as mensalidades dos alunos são bancadas pela União. Os beneficiários devem devolver o montante apenas após a formatura.
Ao assinar o acordo, a entidade religiosa se compromete a indicar estudantes apenas à Uniesp --o nome das entidades não foi divulgado. Segundo o contrato, o repasse da Uniesp é um "dízimo em favor da construção da obra de Deus".
O MEC vai investigar, mas afirmou que, legalmente, as faculdades têm liberdade para usar o dinheiro do Fies. A situação a ser verificada é como são obtidos os repasses do programa.
Resposta
Segundo Fernando Costa, presidente da Uniesp, o repasse de dízimo serve para que "exista um envolvimento entre a igreja e a instituição. É uma relação de parceria que nós temos".
Ele também afirma que essa parceria com igrejas de diversos tipos de credo tem como objetivo promover o ingresso de alunos carentes no ensino superior.
Diz ainda que as práticas estão dentro da lei.

Vamos para a Paulista


2ª marcha pelo estado laico em são paulo

'estado' laico? não parece.


1ª marcha pelo estado laico, agosto/2011.
Diante das frequentes pressões da bancada evangélica e da postura inadequada da maioria dos parlamentares é hora de reagir e mostrar que não estamos nada satisfeitos. 

e é por isso que uma porção de simpatizantes à causa, lgbt ou não, estão organizando a “2ª marcha pelo estado laico em são paulo”, que está prevista para acontecer dia 14 de abril de 2012, e claro, será na mais conhecida das avenidas de são paulo, aquela que tem sido palco de diversas manifestações, a avenida paulista.

ser cidadão é ter direitos e deveres? pois, ao longo da história, muitos direitos vêm sendo negados à comunidade lgbt.

e sobre este tema o br gay selecionou o excelente vídeo "i want to know what it´s like" (quero saber como é). é lindo, emocionante, forte e vai mexer com você. assista legendado clicando em (cc) no rodapé do vídeo.



e para aprofundar o assunto leia o artigo de 'fernando pacheco', um dos organizadores da 2ª marcha..., que o br gay convidou para expressar sua opinião.


"o estado laico e seus benefícios para a comunidade lgbt

o estado laico é aquele em que todos são tratados igualmente por parte dos governantes, onde o poder público promove o tratamento igualitário para todos os cidadãos. 

foto meramente ilustrativa
atualmente a laicidade do estado sofre ataques frequentes, com um lobby muito grande por parte das religiões, existindo inclusive uma bancada evangélica no congresso, em uma mistura perigosa de religião e elaboração de leis que afetam a todos indistintamente. parlamentares conservadores tentam a todo o momento impor sua visão retrógrada de mundo à sociedade como um todo, independente da fé que os cidadãos professam ou da orientação sexual que seguem. 

legisladores podem professar a religião que quiserem, a liberdade de culto é assegurada pela constituição federal art. 5º inciso vi. nada tenho contra as religiões aliás, o problema se dá quando o poder de legislar está nas mãos de fundamentalistas que legislam em causa própria com a intolerância regendo seus atos. 

foto meramente ilustrativa
um exemplo de desserviço prestado pela frente parlamentar evangélica é a oposição ferrenha à plc 122/2006 que criminaliza a homofobia e garante aos homossexuais aquilo que é elementar a todo ser humano, o direito de amar e de não ser morto por isso, afinal casais gays são atacados frequentemente em vias públicas apenas por estarem de mãos dadas, o que não acontece a casais héteros. 

a constituição federal é orientada por vários princípios que regem o modo como ela deve ser interpretada, um desses princípios é o da isonomia, que, sendo sucinto, diz que todos são iguais perante a lei, devendo os iguais ser tratados com igualdade e os desiguais na medida de sua desigualdade.
mas quando o assunto é homossexualidade o tabu ainda é enorme, embora tenha havido uma quebra de paradigma quando o stf reconheceu a união estável entre casais homoafetivos.
e por isso sofreu inúmeros ataques, uma parte vindo dos religiosos conservadores, embasados pelos valores que prega sua religião, e outra parte insistindo que o papel de legislar não cabe ao judiciário. 

casal de ingleses - adoção legal
concordo que legislar não é tarefa do judiciário, o sistema de três poderes (legislativo, executivo e judiciário) idealizado por ´montesquieu`, determina que cada um dos poderes sejam independentes e funcionem como um contra peso um para o outro, mas é tarefa do judiciário proteger os direitos básicos do cidadão, mesmo que não haja previsão legal para isso. 

temos que considerar o lobby imenso das religiões imposto ao poder legislativo, tanto interno quanto externo que não permite a casais homossexuais exerçam seu direito elementar de escolher com quem querem constituir família, se o stf não fizesse o que fez, quando o legislativo agiria para conceder a união estável para casais do mesmo sexo? 

existiram projetos de lei que heroicamente tentaram reconhecer a união homoafetiva como instituição familiar, como o projeto de lei pl-6874/2006 que foi arquivado, sendo resgatado pelo então deputado clodovil hernandes através do pl 580/2007, que ainda não foi votado, embora já tenha sofrido um parecer desfavorável pela comissão de seguridade social e família.
eder serafim e jill castilho
são paulo - br, dezembro/2010.
quando o lobby religioso se torna preponderante no legislativo, a diversidade é atacada e ocorrem extremismos como a proposição de leis punindo o homossexualismo com a morte, como aconteceu recentemente em uganda, que felizmente suspendeu o projeto de lei devido à pressão internacional. 

a fé é matéria de foro íntimo, não podemos admitir que a doutrina religiosa dite leis, afinal as leis são válidas para a sociedade como um todo, e os cidadãos têm todo o direito de ter fé diferente da que professa o legislador ou de não ter fé nenhuma. quando a religião invade o legislativo temos então um embrião de ditadura da maioria, em que aqueles que discordam da visão de mundo de seus legisladores têm seus direitos negados.
como resposta aos ataques recorrentes à laicidade do estado, está sendo organizada a 2ª marcha pelo estado laico em são paulo, que acontecerá dia 14 de abril de 2012, na avenida paulista. é importante que todos se unam, independente de raça, religião ou orientação sexual, afinal um estado laico garante o bem estar de todos indistintamente".

por fernando pacheco, 23 anos, graduando em direito
.

Pelo direito de todos...



14 de Abril na Av. Paulista 2º passeata pelo Estado laico.
Pelo fim da união Estado/ Igreja